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quarta-feira, 3 de julho de 2013

O Brasil está (está, não é) feio

“Estou convencido de que a imprensa brasileira, com seus equívocos e limitações, tem papel decisivo na recuperação ética". Carlos Di Franco

O Brasil está feio. Iniciada a corrida à presidência em 2014, embasados em decisões populistas, políticos transformam tudo em “caros dados” que mais parecem conduzir o país à falência. Partidos concorrerem entre si, dissociados de real interesse em atender às necessidades da população. Por isso, as manifestações são bem vindas.

O filme (karate kid ), apresentado na última segunda-feira pela Rede Globo, retrata muito bem a situação política atual: um bando, atacando uma única pessoa: a presidente Dilma. Aliás, seria mais um erro estratégico do PSDB? Impossível não se perguntar onde estavam os nossos deputados e senadores, quando se estabeleceu “mensalão” e “cachoeira”. Muitos em seu 3º mandato. Impossível, também, não entrar em certo raciocínio de guerra dos sexos: “se eram em sua grande maioria homens e, conduziram a isso, quem sabe as mulheres não farão melhor?” Em geral, a maneira de se fazer política no Brasil é inescrupulosa e deselegante. No Paraná, ainda não decidi em quem votarei para governador em 2014, mas minha esperança de ver uma campanha mais limpa, está depositada nas mão da senhora Gleisi Hoffmann.

Acordados pela imprensa local, paranaenses discutem a candidatura ao Tribunal de Contas do Estado. E, deputados estaduais, quando questionados sobre sua predileção ao cargo alegaram a questão do cooperativismo em todas as categorias profissionais. Talvez para estes, já esteja na hora de se indagar para que tem servido o seu cooperativismo nas últimas décadas. Percebo a destruição da imagem da categoria. A sociedade precisa de ídolos que sirva para educá-la a um comportamento moral que previna a criminalidade. A bolsa de valores de confiança política. Não é a isso que a categoria tem servido.

Elucidativo da realidade que vivemos no Brasil, li reli e voltarei a ler, o editorial Desmanche Moral, publicado tempos atrás no jornal Gazeta do Povo. O propulsor de mudanças é a educação. Mudanças comportamentais demandam dedicação e tempo. Por isso discordo da redução da maioridade penal para 16 anos. Punições são necessárias, mas funcionam mais como analgésicos e anti-térmicos que curam a dor e a febre e não a sua causa. A imprensa, por sua vez, tem um grande poder. Por outro lado, penso que esta deveria abrir mão de mostrar muitas vezes assuntos do tipo: “caso Eliza Samúdio”. Minha percepção é de que ao abordar repetidas vezes o assunto, ocorre à valorização do crime organizado, a destruição da imagem de ídolos (necessário à juventude) corroborando para que o seu papel do caso seja cumprido servindo como ameaça às mulheres. Conforme se sabe, muitos que adentram a criminalidade cresceram sem quaisquer cuidados e atenção de seus pais e/ou da sociedade. Convenhamos, se me enxergaram, farei de volta.

Muitos dentre nós preferem abster-se do tema política. Adentrei-me ao tema sustentabilidade através do trabalho do sr. Rodrigo Rocha Loures. Deste, ouvi o alerta: “existe um viés político na sustentabilidade”. O tempo passou, minha compreensão ampliou-se e, hoje, entendo que falar em sustentabilidade sem considerar educação, política e origem do capital (Vide as Xs) não passa de firulas marketiras. Separar o lixo é tão necessário quanto economizar água. Temas que para mim não trouxeram novidade alguma. Cresci vendo minha mãe juntando cascas de batatas, cebola, restos de verduras e folhas secas para que posteriormente, fossem colocadas junto aos pés das plantas. A água era retirada do poço exigindo esforço físico, distribuída com os vizinhos em períodos de seca. Logo, economizada. O plim-plim-plim do caminhão do lixo-que-não-é-lixo passando as terças-feiras na minha rua, demonstra a preocupação da Prefeitura de Curitiba com o assunto. Mas, não se pode considerar sustentável uma cidade que tem um DETRAN que manda seus cidadãos para fazer simples exames médicos nos confins do Bairro Santa Felicidade. Um SUS que seus pacientes precisam pegar cerca de meia dúzia de ônibus para consulta nas especialistas. Onde o trânsito torna-se cada vez mais caótico. Se como curitibanos, queremos uma cidade sustentável, precisamos reinvidicar das autoriadades públicas que todas as ações dos órgãos públicos por ela seja permeada. Vender gato por lebre não vale.

  1. Cristovam Buarque defende fim dos partidos: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1298975-cristovam-buarque-defende-fim-dos-partidos.shtml, acesso em 12/07/2013.
  2. lPresidente da Câmara usa avião da FAB para levar noiva e parentes ao Maracanã http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/07/1305286-presidente-da-camara-usa-aviao-da-fab-para-levar-noiva-e-parentes-ao-maracana.shtml, acesso em 03/07/2013.
  3. Desmanche moral: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1220887&tit=Desmanche-moral#.TzF1DSifu4w.blogger,
acesso em 03/07/2013.


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