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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Comportamento Moral


"Num primeiro momento, pequenas infrações parecem não ter importância, mas ao longo do tempo a moral da comunidade é afetada em todas as esferas". Petere Singer

"Grupos sociais compostos por indivíduos virtuosos têm melhor qualidade de vida e aumentam as chances de sobrevivência de seus descendentes, pois os protegem, ensinam-lhes autorrespeito e respeito mútuo. Aqueles que praticam as virtudes não cometem, via de regra, comportamentos antissociais" .

"Assim como se ensina a andar, a escrever, também se ensina comportamento moral. As virtudes não são inerentes ao ser humano, elas precisam ser moldadas, passo a passo, com exemplos e modelos". Paula Inez Cunha Gomide
São verdadeiros animaiszinhos, isto sim!

"É nos primeiros anos de vida que podemos inculcar valores e formas de raciocínio através da repetição de exemplos. Eles são o alicerce da construção da nossa moral." António Damásio



Para Lucy Ferry, filósofo alemão, "....vivemos uma era em que o amor está comendo a lei e o saber e que, ninguém está disposto a morrer por uma gleba de terra, onde o sagrado é o homem". Deste contexto, decorre o casamento por amor e, o consequente divórcio. Veja isto: "Num primeiro momento, pequenas infrações parecem não ter importância, mas ao longo do tempo a moral da comunidade é afetada em todas as esferas". Petere Singer, filósofo australiano, especializado ética e autor do l...ivro "Libertação Animal.

Lembre-se também disso: "No Brasil há excesso de falta de ética". Disse o senador Jefferson Péres ao desistir... da política em 2006.

 .....Antes de pensar no futuro profissional do jovem, é importante que sua cidadania e seu caráter sejam moldados. “As atuais políticas públicas para jovens visam somente a preparação para o trabalho, mas, com as mudanças estruturais na família, com pais e mães trabalhando fora, é preciso que esses jovens encontrem um lugar de escape e discussão de seus conflitos”, diz Bonetti.
Disponível: Ideias para promover a segurança
http://www.gazetadopovo.com.br/pazsemvozemedo/conteudo.phtml?tl=1&id=1191960&tit=Ideias-para-promover-a-segurança, acesso em 14/11/2011



Neurociência


"O homem está evoluindo para conciliar a emoção e a razão", diz António Damásio

Em entrevista a VEJA, o neurocientista português António Damásio fala sobre como as emoções e sentimentos são essenciais ao influenciar a tomada de decisões e moldar a razão humana

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/os-sentimentos-sao-fundamentais-para-a-sociedade-diz-antonio-damasio, 29/06/2013


LIVRO: COMPORTAMENTO MORAL MORAL - Uma Proposta para o Desenvolvimento das Virtudes

Dr. PAULA GOMIDE,


SINOPSE

O propósito deste livro é o de apresentar e avaliar um programa de comportamento moral para crianças e adolescentes. Mais do que procedimentos que alterem comportamento antissocial buscou-se trazer ao leitor o conceito de que o comportamento moral é necessário, é indispensável e deve ser uma prioridade educativa, tanto para pais como para professores. Assim como se ensina a andar, a escrever, também se ensina comportamento moral. As virtudes não são inerentes ao ser humano, elas precisam ser moldadas, passo a passo, com exemplos e modelos. Este programa discute pré-virtudes (polidez e obediência) e virtudes (empatia, amizade, mentira e verdade, honestidade, justiça e generosidade), além de trabalhar conceitos fundamentais para o desenvolvimento do comportamento moral e inibidores de comportamentos antissociais como a vergonha, a culpa, o perdão e a reparação do dano. Os textos teóricos foram escritos por analistas do comportamento. O programa de comportamento moral é descrito detalhadamente em 13 sessões. Foi possível trabalhar com crianças e adolescentes com vários e sérios problemas de comportamento, em grupo, e com sessões pré-definidas. A avaliação do programa mostrou que os participantes apresentaram-se mais ajustados e menos estressados ao final das sessões, ou seja, é possível se atingir uma sensível melhora dos problemas apresentados pelos participantes com um programa educativo. Além da religião e da filosofia também a Psicologia vê a importância do comportamento moral para o desenvolvimento saudável do ser humano. Pessoas virtuosas são solidárias, generosas, polidas e justas. Grupos sociais compostos por indivíduos virtuosos têm melhor qualidade de vida e aumentam as chances de sobrevivência de seus descendentes, pois os protegem, ensinam-lhes autorrespeito e respeito mútuo. Aqueles que praticam as virtudes não cometem, via de regra, comportamentos antissociais. A maioria das pessoas preferem conviver com pessoas polidas, justas e generosas. Sentem-se mais felizes. Várias são as formas de se desenvolver comportamento moral. São muitas as virtudes. Este livro propõe uma determinada forma e algumas virtudes. Os educadores e pesquisadores poderão escolher outras formas e outras virtudes. No entanto, independentemente da forma ou das virtudes escolhidas o essencial é que se produzam mudanças comportamentais positivas, que tornem o ser humano “bom” por dentro e por fora. O percurso escolhido foi o de ensinar comportamento moral para se evitar ou inibir o comportamento antissocial.




O medo de educar nas virtudes




Publicado em 13/03/2011
João Malheiro

Fale conoscoRSSImprimirEnviar por emailReceba notícias pelo celularReceba boletinsAumentar letraDiminuir letraEducar os jovens nas virtudes que direcionam a afetividade para os outros exige muita paciência dos educadores, além do próprio exemplo, que nem sempre é “exemplar”.



Num recente congresso de educação, após expor o tema “o papel das virtudes éticas na motivação escolar da criança”, recebi uma pergunta, em tom meio desafiador, de uma professora, sem dúvida bem-intencionada: “Quer dizer então que você quer voltar a ‘vestir’ nossas crianças com uma ‘camisa de força’ ensinando-lhes a prática das virtudes?” Com muito respeito e compreensão, respondi com serenidade à provocação, enquanto pensava para comigo: “Aqui está a expressão do medo atual dos pais, professores e educadores de ensinar as virtudes morais na família e na escola”.



No imaginário coletivo de muitos responsáveis pela educação, o conceito de virtude está associado a traumas, repressão, perda da liberdade e da autenticidade, tristeza, formatação e muitos outros sentimentos que a mistura da psicologia com filosofias modernistas se encarregaram de introduzir em nossa cultura. Por outro lado, nós, educadores atuantes, percebemos, a partir da perspectiva histórica que os anos dão, que ter deixado nossas crianças vestir a “camisa de força das próprias paixões irracionais”, que é o que acontece na prática quando não se educa nas virtudes, foi muito pior e escravizante. Os alunos estão em geral completamente desmotivados, falta-lhes capacidade de vislumbrar ideais mais valiosos, sofrem de desamor e solidão de forma precoce e por isso desrespeitam os demais. Estão imaturos para a idade, não sabem o que fazer com a afetividade desgovernada.
Diante desse contraste, é natural que muitos pais e professores se sintam confusos e inseguros. Por isso acredito que seja conveniente aprofundar em algumas ideias que esclareçam cientificamente como formar adequadamente a juventude de hoje.

A primeira é a seguinte: quem não foi educado nos bons hábitos de escolha (conceito de virtude) só terá uma liberdade aparente. Nossos vícios de preguiça, vaidade, egoísmo nos impedem de ver as coisas como realmente são e fazem com que certos aspectos nos pareçam tão atrativos que prevaleçam sobre outros de maior valor objetivo. Nossa sensação é de que atuamos com liberdade porque conservamos o controle de nossos atos, quando na realidade essa escolha procede de um defeito da liberdade, da incapacidade de ver as coisas em seu valor verdadeiro. Para ser autenticamente livre, o querer da nossa vontade deve proceder de um juízo correto sobre a realidade e se esforçar para que não seja desfigurado pelas próprias paixões.
Para que as escolhas sejam boas, é necessário um critério bem formado e interiorizado. Não basta escolher de forma automática, sem reflexão e de modo involuntário. E é importante recordar a todos os educadores que ninguém pode intervir nas escolhas de seus pupilos. São suas próprias decisões que os formam realmente. E não as escolhas dos outros, por mais que sejam boas – a não ser que os jovens, por um ato livre, as assumam depois. Naturalmente, são importantíssimas as presenças do pai e do professor para informar, iluminar, sugerir, fazer pensar. Mas formar realmente só será possível quando o educando repetir inúmeras vezes na prática o que se aconselha, depois de ter captado racionalmente que vale a pena. Portanto, o verdadeiro aprendizado das virtudes está muito longe da imposição ou da coação. Está próximo de incentivar o próprio esforço.


E quais as virtudes que devem ser ensinadas prioritariamente? Segundo alguns educadores, até os 7 anos de idade, a virtude da temperança deve ocupar um espaço privilegiado. É a virtude que aperfeiçoa e regula a tendência para o prazer desmedido. Limites na comida, conforto, diversão, na desordem material e temporal, entre outros, são alguns campos de luta. Depois dos 7 anos, outra virtude deverá ser incentivada: a fortaleza. É incentivar a capacidade de esforço e de sacrifício. Tudo o que seja incentivar o estudo mais ordenado, pequenos serviços na própria família, a busca por novas amizades, investimentos culturais mais exigentes, entre outros, são práticas comprovadamente salutares.

Educar os jovens nas virtudes que direcionam a afetividade para os outros (a temperança e a fortaleza) exige muita paciência dos educadores, além do próprio exemplo, que nem sempre é “exemplar”. Por fim, a ilusão de viver uma vida cheia de instantes de prazer parece à primeira vista mais feliz do que a vida prazerosa da virtude.

João Malheiro é doutor em Educação pela UFRJ. E-mail: malheiro.com@gmail.com

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1105364&tit=O-medo-de-educar-nas-virtudes, em 13/03/2011


Num primeiro momento, pequenas infrações parecem não ter importância, mas ao longo do tempo a moral da comunidade é afetada em todas as esferas". Petere Singer, filósofo australiano, especializado ética e autor do l...ivro "Libertação Animal. "No Brasil há excesso de falta de ética". Disse o senador Jefferson Péres ao desistir... da política em 2006.




"Já se pode prever, num futuro não tão longínquo, um autêntico “caos educacional”. João Malheiro

A desordem moral é hoje uma das fontes importantes da desmotivação no ensino/aprendizagem no ambiente escolar. Esta foi uma das principais conclusões tiradas durante a defesa de tese de doutorado que fiz há alguns dias, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A que demandas atendia a produção de cachaças quando esta se deu no Brasil colonial?

Porque investiu-se em rodovias e não em ferrovias?

Freud, acreditem, receitou doses diárias de cocaína tanta à sua mãe quanto à sua amada para alívio da dor. Você concordaria com isso hoje?

Ouvi dizer que a melhor solução para tratar um tymor malígno no seio da mulher, não é mais "cortando" pedaços. Também soube que a PUCPR ressuscitou o seu museu promovendo uma mostra de design dos trabalhos de seus alunos. Seria verdade? Agora, caso ouça a lenda do defunto vivo das aulas de anatomia, vou pagar prá ver!


"Já se pode prever, num futuro não tão longínquo, um autêntico “caos educacional”. João Malheiro

A desordem moral é hoje uma das fontes importantes da desmotivação no ensino/aprendizagem no ambiente escolar. Esta foi uma das principais conclusões tiradas durante a defesa de tese de doutorado que fiz há alguns dias, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Depois de longo estudo teórico sobre a motivação no ensino-aprendizagem, além de outro em paralelo sobre ética e a vivência das virtudes, pude inferir que o desenvolvimento harmônico das virtudes morais é, de fato, fonte de motivação. Que o desenvolvimento equilibrado das potências humanas – inteligência, vontade e afetividade – por meio do crescimento sistemático e seqüencial das virtudes da temperança, fortaleza, justiça e prudência, numa perspectiva aristotélica, gerará uma maturidade ética nos alunos favorecendo-lhes uma motivação correta – a que busca os verdadeiros valores e não os desvalores ou antivalores que muitos jovens buscam sem saber – e uma motivação completa: a que abarca a extrínseca, a intrínseca e a transcendental.


Depois dessa fase de pesquisa teórica, investiguei a ressonância que essa hipótese encontrava nos atores da educação. Num primeiro momento, em um campo de estudo composto pelos alunos de uma escola de preparação de professores do ensino fundamental do Rio de Janeiro, examinei durante um ano e meio se os pesquisados estariam eventualmente dispostos a mudar seu comportamento e a aprender a vivência das virtudes a partir das intervenções éticas dos professores no ambiente escolar. Os resultados foram surpreendentes, demonstrando que os discentes estão desejosos de orientação ética, apesar das dificuldades representadas pela ausência da família e pela a pressão negativa exercida por certos meios de comunicação. Num segundo momento, aprofundando mais em quatro escolas de formação de professores para o ensino fundamental do estado do Rio de Janeiro, por meio de entrevistas a cinqüenta professores, foi constatado que sua grande maioria preocupa-se hoje fortemente em (re)aprender ética desejando em seguida compensar nos alunos a ausência dessa formação que deveriam ter recebido no seio familiar.



Concluiu-se que, para a imensa maioria dos professores, é esta a principal motivação que ainda os sustenta a suportarem tanta desconsideração e pouco reconhecimento social. Por outro lado, ficou evidente que esta motivação transcendental dos professores em ensinar as virtudes está sendo enfraquecida pelos inúmeros fatores geradores de desmotivação extrínseca – baixos salários, pouco reconhecimento social e ausência consistente de plano de carreira – e de desmotivação intrínseca (falta de tempo e interesse em atualizar-se profissionalmente) a que estão submetidos.

Já se pode prever, num futuro não tão longínquo, um autêntico “caos educacional” caso não surjam medidas que favoreçam melhores salários e um maior reconhecimento social desta classe, pois, com o tempo, cada vez mais deixarão de existir professores dispostos a um verdadeiro martírio que sofrem hoje nas escolas. Ou então, um caos que existirá porque o sistema educacional só conseguirá atrair aqueles que não têm as mínimas condições para exercer uma profissão que exija maior capacidade.



João Malheiro é doutor em Educação pela UFRJ. joao@malheiro.bol.com.br


Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=746394














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