"O amor está comendo a lei e o saber. Se os olhos dos filhos fossem metralhadoras, muitos pais estariam mortos". Lucy Ferry
Diante do protesto de Tostão, pela mesmice no futebol, mais uma vez sinto à vontade para contar minhas estórias e/ou histórias. Vocês viram? A bola da Copa/2010 continua redonda.
Caso venha a envolver-se em um acidente de trânsito, em caso de um assalto, perda do emprego ou se vier a adoecer, a quem recorreria de imediato? Pensou em alguém que faz parte da sua família?
Vivenciamos na sociedade contemporânea, novos modelos de família. Mas não deixam de serem famílias. Dos casamentos homossexuais as novidades entre os heterossexuais, vemos a comunhão entre os meus filhos, os filhos dele e os nossos. Para o Dr. Flávio Gikovate a palavra chave do momento é parceria. A busca por alguém cuja carácter se assemelha ao nosso numa relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. Afirma ele: " Do ponto de vista emocional, não creio que se possa fazer um julgamento definitivo sobre as vantagens da família tradicional sobre as constituídas por casais gays ou por um pai ou mãe solteiros. Estamos em um processo de transição no qual ainda não estão constituídos novos valores morais. É sempre bom esperar um pouco para não fazer avaliações precipitadas."
Vivenciamos na sociedade contemporânea, novos modelos de família. Mas não deixam de serem famílias. Dos casamentos homossexuais as novidades entre os heterossexuais, vemos a comunhão entre os meus filhos, os filhos dele e os nossos. Para o Dr. Flávio Gikovate a palavra chave do momento é parceria. A busca por alguém cuja carácter se assemelha ao nosso numa relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. Afirma ele: " Do ponto de vista emocional, não creio que se possa fazer um julgamento definitivo sobre as vantagens da família tradicional sobre as constituídas por casais gays ou por um pai ou mãe solteiros. Estamos em um processo de transição no qual ainda não estão constituídos novos valores morais. É sempre bom esperar um pouco para não fazer avaliações precipitadas."
“O valor da vida é tão intrínseco que você luta por ele a todo instante! E, o valor da família é algo tão incrível que nessa hora que você o percebe. Eu só pensava em resgatar a minha família”. Estas são as declarações de Dulce Braga que fugiu da guerra civil de Angola iniciada em 1975 e que agora lança o livro: “O Sabor de Malboque”. Seu depoimento hoje, no programa Ana Maria Braga demonstrou a incompletude humana quando só, sem apoio de outros, nos momentos mais importantes da vida.
Bem, para o filósofo Lucy Ferry o casamento por amor é muito frágil e, deste decorre o divórcio. Sua análise do séc XXI é que grandes mudanças ocorrerão em todos os ambitos da sociedade pois, a partir deste modoelo o sagrado passou a ser o outro e não a pátria ou o meu navio Titanic. .
Pus-me a pensar se algum dia o modelo de política no Brasil virá a ser permeado por valores humanosm Se o homem é o valor, toda ciência e ações deveriam visá-lo e não é isto que acontece. O avanço exacerbado do capitalismo no mundo destitui a solidariedade humana. A ordem é o consumo. Neste contexto, afirma o mesmo, não sobra-nos tempo para nutrir de real cuidados nossas crianças e damos-lhe amor excessivo e, este estaria comendo a lei e o saber.
Pais têm sempre as melhores das intenções com seus pupilos, entretanto, além dos problemas relacionados a valores de uma época, temos aqueles de ordem inconsciente. Para Eduardo Kalina, especialista em drogadição, existem famílias que são constituídas a partir de patologias e, por isso criariam ambiente propício para o desenvolvimento da dependência química. Fala o estudioso que um pupilo seria eleito como bode espiatório. “Algumas mães necessitam de filhos felizes e respeitados; outras de filhos infelizes; senão, sua ‘bondade’ de mãe não pode se mostrar”. Freedrich Nietzsche em Humano, Demasiado Humano : Um Livro para os Espíritos Livres, p. 221. Neste sentido, cabe a indagação: Todo educação familiar é perfeita? Ruím com ela, pior sem ela? Você já avaliou se prioriza na educação de seu filho o que realmente importa para que este vem a viver bem?"A humanidade em massa se assemelha totalmente aos escravos, preferindo uma vida comparável à dos animais" (Aristóteles). Cabe à filosofia, primeiramente, conduzir para que o ser humano perca o medo da morte. E, por sua vez, o término deste é fundamentado na resposta básica da vida: O que é uma vida boa para mim? Se o sagrado é aquilo que nos propomos a morrer por ele, o que seria esta para mim? Ainda de acordo com Lucy Ferry adentramos a era de que o outro é o sagrado. Você tem essa percepção ao analisar o modelo social que presenciamos? Um novo porvir nos aguardaria?
Seria preferível uma vida mortal com êxito que uma vida imortal?
Este depoimento de um empresário pode nos conduzir a boas reflexões: “Minha filha vai se casar amanhã”, e, só agora a ficha caiu. Eu fui um tremendo workaholic e agora percebo que mal a conheci. Conheço tudo sobre o meu negócio, mal conheço minha própria filha. Dediquei todo meu tempo a minha empresa e me esqueci de me dedicar à família.”
É sempre bom lembrar:
Ah, a bolinha caiu?
E como é que você pode resolver isso?
Finalizando com Ferry: "Sabio é aquele que sabe lamentar um pouco menos, esperar um pouco menos e amar um pouco mais. Ajusta-se à ordem do mundo se entendendo como parte da eternidade".
Como assim? Família, família?
Penso que somente dotados de nossa completude (?) interior teremos algo para compartilhar. E, todo e qualquer relacionamento, boa convivência e educação de filhos é por esta permeada.
"A família é decisiva"
Por Se Liga!
Ter, 06 de Julho de 2010 09:37
Flávio Pechansky, Diretor do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas da UFRGSClicRBSO estudo do mexicano Sánchez-Huesca não surpreende o psiquiatra gaúcho Flávio Pechansky, autoridade em drogadição e um dos participantes do congresso. Diretor do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas da UFRGS, ele conhece a trajetória de Sánchez-Huesca e partilha das suas constatações, conforme relata, nesta entrevista:Zero Hora - Como o senhor analisa a pesquisa de Sánchez-Huesca?Flávio Pechansky - Essa relação entre o dependente de drogas e sua família é conhecida. Conheço o doutor Sánchez e confio no que ele apurou. É notório que famílias com estruturas disfuncionais tendem a reproduzir esse ambiente, o que acaba passando para os filhos. A família é decisiva. ZH - Pais usuários de drogas significam filhos viciados?Pechansky - Não. Do contrário, todos os filhos de viciados seriam viciados. O que está claro é que as chances de adquirir o hábito parecem maiores em descendentes de uma família desestruturada e com histórico de dependência. A tendência ao abuso de drogas é uma combinação de fatores, que pode incluir pais usuários, crianças sem presença paterna e vizinhança propícia à experimentação de drogas. Natural que o resultado disso seja um dependente químico, mas isso não é matemático. É uma possibilidade.ZH - Quais são as soluções para enfrentar esse problema?Pechansky - A solução é muito difícil. A criação de alguém no meio de uma família dependente é a tempestade perfeita. Filhos de mães viciadas podem, ainda bebês, assimilar condições para ser futuros usuários de drogas. Isso só se remedia com prevenção, alertas intensos. E mudando o ambiente onde a criança cresce. Uma das saídas, talvez, é tratar a família junto com o usuário.
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