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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Planejamento Estratégico Paraná

“A inteligência coletiva é fundamental na dinâmica global dos negócios nos dias de hoje” (Guy Kawasaki*).  E, porque não no governo? Conforme defendeu Henry Etzkovitz, ao cunhar o termo "Hélice tríplice" (governo-universidade-indústria) em 1990?**
Estarei torcendo e cobrando a implementação do Planejamento Estratégico Paraná. É isto, inovação e desenvolvimento local conforme defendi neste blog em 2008 ao participar de eventos ligados à sustentabilidade***. Dr. Rodrigo (FIEP), quando a presidente do Flamengo afirmou: "A torcida, ,chora, clama e sangra, eu sabia do que ela falava. A restauração já foi feita. Estarei acompanhando o seu rabalho em favor do desenvolvimento sustentável do Estado do Paraná.

*http://www.anpei.org.br/imprensa/noticias/inovar-nao-e-lancar-produtos-perfeit/os
**http://www.conhecimentoeinovacao.com.br/materia.php?id=352
***

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

sábado, 14 de agosto de 2010

O VALOR DO AMANHÃ


Prezado Eduardo Giannetti.

Intimada por uma de minhas filhas, estou fazendo uma faxina no estoque de revistas velhas. Costumo fazer uma certa seleção nos artigos antes de jogá-laas e, dentre estes, encontrei uma entrevista com você que me fez recordar do seu livro. Quando, por volta do seu lançamento, vi uma entrevista com você, pensei :"economia, filosofia...., deve ser coisa boa! Imediatamente o comprei e li". Quero que saiba que compartilho de suas idéias, mas, essencialmente, desejo registrar nesse blog, o VALOR DO AMANHÃ para um amanhã com valor. Que bom!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

PAI

Pai, Zé. Pois é!
Tenho muitas lembrancas: Boas e ruins;
Do seu alcoolismo e do comportamneto violento no lar, nunca esqueci;
Da vó paterna maníaca depressiva, tudo entendi!
Mas o colo, no terreiro de chão batido e as estórias de céu, inferno, bruxas, fadas, lobos, onças e reis, é o que guardo de ti;
Meu Pai, Zé!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

IMAGINAÇÃO

Imagine: Medalhado, logo criticado;

O que são metas? Sonhos mensuráveis?

A clínica do Ouvido da República sem granito, sem arapuca e, com atendimento humanizado;

Eu imagino, o Dupinel, preocupado com minha loucura e, não meus dias de T; e, entendi na transacional: "Criança é vista como fonte da criatividade, recreação e procriação, a única fonte de renovação na vida".

Quem sonhou: "PUCPR, POSITIVO INFORMÁTICA, REDE GLOBO, JORNAL NACIONAL, GASOSA CINI E, O FORD PRETO..."

O Lula errou? Acertou? Sonhou?

O DEM errou? Acertou? Sonhou? Ou, comprou?

Prá ganhar quanto?

Eu? Tô pagando!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

JORNAL NACIONAL

Que Beleza!
Televisão gratuita e com informação de qualidade. Veja todos os cuidados na hora da compra de seu imóvel.
Acreditem! Nasci em 1900 e antigamente, fico realmente muito feliz de ver que agora no Brasil estamos tendo uma REDE DE TELEVISÃO  que respeita a inteligência dos brasileiros. Vender peitos, bundas, chave do céu, tórax, panturrilhas, Deus, política podre não nos serve mais. Queremos informações para decidirmos com segurança o que queremos para este BRASIL  que com certeza muitos gringos invejam. Não queremos que os nossos "índios" trabalhem à base de cachaça.
TÁ PAGANDO QUANTO? NADA! Apenas utilizo-me do princípio da investigação apreciativa:"valorize as forças que as fraquezas se tornarão insignificantes". Aprendoi com o Rodrigão. Pior que foi a partir da Globo, no GLOBO RURAL, que tive inspiração. Este programa mostrou há algum tempo, a inveja boa que vinha permeando as atividades de agricultores no interior de Santa Catarina, quando algumas famílias passaram a praticar a agricultura com preservação do meio ambiente. O que eu quero? SER FELIZ num país lindo como o nosso! E para isso qualquer pé-de-galinha basta-me! Faço um sopaço. E, que o pouco de inteligência que eu tenho seja respeitado. Ô, jabulada, Ana Maria, que provar? Passe aqui em casa. Detalhe: acabou a mimosa do pé. Mas o gasosão do Hugo Cini e o Leite Quente, a gente dá jeito. Ah, Marino! Que pena que você não entendeu que aqui em casa o negócio é fogo. Fogo na churrasqueira, fogo na lareira, no fogão à linha e muito, muito fogo, no cooktop de 5 bocas da FISCHER, paranaense da BOA.

 VIU? ENTENDEU? Ô, professor Paulo, quer que que eu desenhe?
 "É GLOBELEZA, COM CONTEÚDO!"

TAPINHA DÓI, SIM!

"... estabelecer regras claras e consistentes, com apontamento das possíveis consequências. Isso é educar. A palmada, faz a criança interroper a "arte" pela dor sentida, trata-se de um resultado momentâneo." Lídia Weber
Nos acostumamos: Ah! É assim mesmo. Estudo recente mostra que violência psicológica, negligência e agressões físicas contra crianças são muito mais frequentes do que o reportado pelos médicos em hospitais de emergência. Para falar sobre o delicado problema da violência na infância, o Estúdio CH desta semana (17/06/2009) recebe a autora da pesquisa, a pediatra Anna Tereza Soares de Moura, da Uerj.Veja: http://cienciahoje.uol.com.br/podcasts/031-Violencia-contra-a-crianca.mp3/view



PEQUENO TRATADO DE POLIDEZ (Paula Gomide) 

A doutora Paula Gomide (UFPR), defende a educação permeada por valores  e, entende que polidez é altivez e, não subserviência . Mas como criar uma lei para obrigar os pais a ensinarem valores aos filhos? Indaga.
Afirma que a violência faz a criança ficar com raiva e medo, tendendo a se tornarem infratoras e que os seus pais correm o risco de perder o poder sobre a família. A pesquisadora que nos últimos 5 anos vem estudando  o comportamento moral, defende-o como o grande inibidor do comportamento antissocial. As pessoas que têm virtudes  - justiça, polidez, soladariedade - não roubam, não maltratam, não passam por cima, são menos propensas aos disúrbios emocionais. Defende que o comportamento moral torna as relações muito maiores  e que deve ser aprendido por todos, cabendo à psicologia ensinar aos pais como educarem os seus filhos.  Gazeta do Povo, 9 de agosto de 2010.

"Educar uma criança é socializá-la"
Acontece que, hoje, os adultos estão tão ocupados consigo mesmos que têm dificuldade em ter esse trabalho com as crianças: esperam que elas acatem s regras de primeira. Esquecemos o que é ser criança. É sempre bom lembrar que educar uma criança é socializá-la, ou seja, introduzí-la no mundo doo convívio civilizados. Batr em uma criança para ensinar a ela que é preciso saber esperar, mostrar rspeito pelo outro, relacioanr-se com boas maniras e aceitar alguns impedimentos na vida não faz o menor sentido, portanto. É contráditório. Rosely Sayão (Equilíbrio -  Folha, 27 de julho de 2010)


"Não existe palmada bem dada"

A neurociência já demonstrou: "Violência não importa em qual forma, gera violência".Funciona igualmente em camundongos e nos humanos: o cérebro que rcebe maus tratos na infância sofre várias mudanças.  Resultado? Crianças que recebem restrição corporal, palmadas, sacudidas ou abuso verbal (castigos que muitos consideram brandos)  se tornam adultos com propensão a comportamento antissocial e agrssivo, transtornos de ansiedade, depressão, alcoolismo e outras formas de dependência química. Evidentemente, que, graças a resiliência do cérebro humano, excessões existem! Antídoto contra isso? Chama-se carinho, apoio moral, bons exemplos,  conversa e muita compreensão.Suzana Herculano-Houzel(Equilíbrio, Folha 27 de julho de 2010)


Não bata, eduque! Não está na hora de um novo olhar? Se não for agora e com você, quando?
"Se a criança desobedece, faz birra ou, é hostil, os únicos responásveis são os pais. 
A violência psicológica, a educação pela culpa, o suborno, a chantagem emocional e as expectatrivas  desmedidas sobre os filhos são muioto danosas. Isso não justifica o uso da palamada, apenas revela que, em matéria de socialização dos filhos, os pais devem ser humildes e perceber que ainda têm muito a aprender. Pesquisas relaizadas em universidades revelou que apenas 26% deles, nunca sofreram violência na infância.e, 43% foram educados com raquetes, escovas de cabelo, cintas....'
Lídia Weber (Gazeta do Povo, 28 de julho de 2010), autora do livro: Eduqie com carinho eamor;equilíbrio entre amor e limites.



  1. Conheça a pesquisa feit pelas pesquisadoras: JULIANA BAZZO E TATYANE NUMES, em Curitiba. Sobre danos causados por mau-tratos psicológicos nas famílias e escola. É o tipo de coisa que fazemos sem nunca pararmos para repensar, igual o liuxão da NOVA CAXIMBA, que teremos em breve em Curitiba, a cidade ecológica, que manda os cidadãos que necessitam renovar carteira de motoristas à dezenas de kms de suas residências. Esta foi a gestão municipal do atual canditado a governo do estado, que eu, só o tenho na mente, como sendo o estado verde das araucárias. Não, não sou panaense. Escolhi, morar aqui. VEJA: o crime perfeito que com certeza muitas famílias cometem sem saber. Que bom!Sérgio Groisman:
  2. www.geocities.ws/ocrimeperfeito/OCrimePerfeito.pdf

Serginho Groisman: http://tvglobo.altashoras.globo.com/vida-inteligente-na-madrugada/2010/06/24/envie-seu-video-para-a-campanha-contra-o-bullying/.

É GLOBO?

É UMA BELEZA!

  1. O DANO NO ASSÉDIO MORAL NA FAMÍLIA BRASILEIRA:
  2. www.ceap.br/tcc/TCC12122008111806.pdf


  1. lAnna Tereza Soares de Moura, da Uerj.Veja: http://cienciahoje.uol.com.br/podcasts/031-Violencia-contra-a-crianca.mp3/view

Limites Educar um filho



Dos doze trabalhos atribuídos a Hércules, o primeiro – matar o leão de Neméia – poderia ser substituído por educar um filho nos dias de hoje e numa cidade grande.

São tantas as vicissitudes, os conflitos e também as alegrias que, ao assumir o papel de pai ou mãe, fecham-se as portas do purgatório. Ao ter um filho, “perde-se o direito de se aposentar do papel de pais”. (Tânia Zagury, educadora carioca)

Ser pai e mãe é:

1) Impor limites. Ter autoridade sem ser autoritário, para não sucumbir à tirania do filho. A autoridade, quando exercida com equilíbrio, é uma manifestação de afeto e traz segurança. São pertinentes as palavras de Marilda Lipp, doutora em Psicologia em Campinas: “O comportamento frouxo não faz com que a criança ame mais os pais. Ao contrário, ela os amará menos, porque começará a perceber que eles não lhe deram estrutura, se sentirá menos segura, menos protegida para a vida. Quando os pais deixam de punir convenientemente os filhos, muitas vezes, pensam que estão sendo liberais. Mas a única coisa que eles estão sendo é irresponsáveis”.

2) Transmitir valores. O filho precisa de um projeto de vida. Desde pequeno, é importante o desenvolvimento de valores intrapessoais – como ética, cidadania, solidariedade, respeito ao meio ambiente, auto-estima – que ensejem adultos flexíveis e versáteis que sabem resolver problemas e são abertos ao diálogo, às mudanças e às novas tecnologias.

3) Valorizar a escola e o estudo. Os educadores erram sim! E os pais também! Pequenas divergências entre a escola e a família são aceitáveis e quiçá salutares, uma vez que educar é conviver com erros e acertos. O filho precisa desenvolver a tolerância, a ponderação, preparando-se para uma vida na qual os conflitos são inevitáveis. No entanto, na essência, deve haver entendimento entre pais e educadores. O filho é como um pássaro que dá os primeiros vôos. Família e escola são como duas asa: se não tiverem a mesma cadência, não haverá uma boa direção para o nosso querido educando.

4) Dar segurança do seu amor. Importa mais a qualidade do afeto que a quantidade de tempo disponível ao filho. É preciso nutri-lo afetivamente, pois a presença negligente é danosa para o relacionamento. A paternidade responsável é uma missão e um dever a que não se pode furtar. No entanto, vêem-se filhos órfãos de pais vivos. A vida profissional, apesar de suas elevadas exigências, pode muito bem ser ajustada a uma vida particular equilibrada.

5) Dedicar respeito e cordialidade ao filho. Tratá-lo com a mesma urbanidade que tratamos nossos amigos, imprimindo-lhe um pouco de nós pelo diálogo franco e adequado à sua idade.

6) Permitir que, gradativamente, o filho se resolva sozinho às situações adversas. A psicóloga Maria Estela E. Amaral Santos é enfática: “Um filho superprotegido possivelmente será um adulto inseguro, indeciso, dependente, que sempre necessitará de alguém para apoiá-lo nas decisões, nas escolhas, já que a ele foi podado o direito de agir sozinho.”

O caminho da evolução pessoal não é plano e nem pavimentado. Ao contrário, é permeado de pedras e obstáculos, que são as adversidades, as frustrações, as desilusões, etc. Da superação das dificuldades advêm alegrias e destarte aprimora-se a autoconfiança para novos embates. Há momentos em que os pais devem ser dispensáveis. Usando uma feliz expressão da psicóloga Lídia Weber (UFPR) “devemos dar-lhe raízes e dar-lhe asas”.

7) Consentir que haja carências materiais. Cobrir o filho de todas as vontades (brinquedos, roupas, passeios, conforto, etc.) é uma imprevidência. Até quando vão perdurar essas facilidades? Disponibilizamos prioritariamente aquilo que não tivemos em nossa infância. Mas cabe a pergunta: estamos lhe dando aquilo que efetivamente tivemos e fomos felizes por isso?

8) Conceder tempo para ser criança (ou adolescente). Não se deve sobrecarregar o filho com agenda de executivo: esportes, línguas, música, excesso de lições atividades sociais, etc. Se queimarmos etapas de seu desenvolvimento, ele será um adulto desprovido de equilíbrio emocional. Nosso filho precisa brincar, partilhar, conviver com os amigos, desenvolvendo, assim, as faculdades psicomotoras e a sociabilização.

9) Desenvolver bons hábitos alimentares e exrecícios físicos. A saúde é um dos principais legados, e não se pode descurar. Nosso filho será uma criança e um adulto saudável pela prática regular de esportes e pela ingestão diária de proteínas, frutas, verduras, legumes e muita água. Não se pode esquecer o Sol nos horários recomendados. Tais hábitos promovem o bem-estar, a auto-estima e a boa disposição para a vida.

10) Convencer o filho a assumir tarefas do lar. Certamente haverá resistência, mas ele deve ter responsabilidades em casa, assumindo algumas tarefas domésticas, como limpar o tênis, fazer compras, lavar louça, tirar ou colocar a mesa, etc. é indispensável que tenha hábitos de higiene e mantenha arrumado seu quarto.

Teria Hércules sido bem sucedido? Em meio a tantas vicissitudes do mundo moderno, você pai ou mãe e eu chegamos, talvez, a um consenso: educar bem um filho corresponde não a um, mas a doze trabalhos atribuídos ao nosso herói mitológico. Mas vale a pena!

O filho não vem ao mundo acompanhado de um manual de instruções e nem tampouco lhe será concedido um certificado de garantia. Isso posto, educar é conviver com erros e acertos. Mais acertos, proporcionalmente ao diálogo e à ternura.

E para finalizar: nós, pais, educamos pouco através de cromossomos e muito através de “como somos”. Jacir J. Venturi







Castigo físico agora é crime - 23/01/2006 - Infrator passará por acompanhamento psicológico

É proibido qualquer tipo de castigo físico em crianças e adolescentes. A medida foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e o documento será encaminhado ao Senado, sem necessidade de ser votado pelo plenário da Câmara. A punição corporal da criança ou adolescente sujeitará aos pais, professores ou responsáveis às medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Entre as medidas tomadas, estão o encaminhamento do infrator a um programa oficial ou comunitário de proteção à família, tratamento psicológico e cursos ou programas de orientação.

Fonte: (Tribuna do Paraná, p. T2; Gazeta do Povo – PR, p. 13 – 21/01; Hoje-PR, p. 4; Tribuna do Norte – PR, p. 6, 22/01)




Um tapinha dói, sim!

Pesquisas desmentem a crença popular de que a palmada serve como meio educativo. A longo prazo, ela não funciona e ainda traz danos emocionais



Bater em outro adulto é agressão. Em um animal, crueldade. Em criança, sob pretexto da “educação”, é permitido. E não se fala em covardia, no fato de que qualquer adulto que queira bater em uma criança será bem-sucedido, dada a diferença de porte físico.

Hoje aguardando deliberação da mesa diretora da Câmara Federal para ser votado em plenário, o Projeto de Lei nº 2654 de 2003, que ficou conhecido como Projeto da Palmada, proíbe qualquer tipo de violência perpetrada por pais, responsáveis ou educadores, mesmo sob a alegação de que seja usada para educar.

O projeto deu o que falar. Muitos pais e até alguns profissionais vieram a público para defender o chamado psicopata. Não é para menos, já que a palmada faz parte da cultura nacional há 500 anos. Os índios repudiavam o ato de bater nas crianças e a punição física chegou ao país com os padres jesuítas.

A crença de que a palmada funciona como meio de educar é fomentada principalmente porque, de imediato, ela dá resultado. “A criança pára de fazer na hora o que está fazendo, pó causa da dor. Mas ela não aprende o que fez de errado. Hoje está provado cientificamente que a longo prazo ela não funciona”, garante a doutora em Psicologia Lídia Weber, coordenadora de Núcleo de Análise do Comportamento e do Projeto Criança da UFPR.

A criança que apanha aprende a ter medo. “Se apanho porque não posso abrir a geladeira só não abro quando tiver alguém olhando. Quando não tiver ninguém por perto, a coisa mais gostosa de fazer vai ser abrir a geladeira”, exemplifica a pediatra Luci Pfeiffer, do Departamento de Segurança da Crioança e do Adolescente da Sociedade Paranaense de Pediatria.

Além disso, bater nos filhos é considerado um comportamento de risco para surras cada vez mais violentas. “ Como não funciona, os pais tendem a bater cada vez mais”, afirma Lídia. Filhos que desafiam falando “não doeu nada” tendem a apanhar mais. Batendo, também se ensina que poder e violências podem resolver probloemas – que poderiam ser solucionados através do diálogo – além de humilhar a criança.

“ No emocional, a palmada pode deixar marcas muito mais perversas que no físico”, diz Luci. Auto-estima rebaixada, agressividade, depressão, ansiedade, pessimismo, dificuldade para lidar com figuras de autoridade são conseqüências mais que prováveis. “Ninguém precisa sentir dor para aprender. Pais ensinam através do que falam, do exemplo.” E para aqueles que “já cansaram de falar”, Luci lembra que é preciso repetir muitas vezes para a criança – que tem uma curiosidade saudável por descobrir o mundo. As muito pequenas ainda não entendem a relação causa-efeito. “Não é causando outra dor que vamos ensinar. O papel dos pais é tapar a tomada”, reforça. “ A primeira mensagem que você deve passar para seu filho ´´e que você o ama”, lembra Lídia.

Você que é pai, reflita: crianças que nunca desafiam as regras podem ser mais problemáticas que as “de personalidade forte”. “ Não precisamos só de crianças obedientes, que dizem sim pra tudo. Essas podem, no futuro, dizer sim a um abuso sexual”, adverte Lídia.



A Ineficiência das Punições Físicas e Alternativas

A doutora em Psicologia Lídia Weber, autora do livro Eduque com Carinho, lista os motivos que tornam a palmada ineficiente e alternativas de educação sem punição física:



Razões para não bater

• Usar punição física ensina a criança que bater nas pessoas funciona e resolve problemas.

• Surras e palmadas destroem a auto-estima e prejudicam a capacidade da criança para aprender a lidar com problemas emocionais futuros.

• Bater nas crianças ensina-as a serem agressoras: estudos mostram relação direta entre castigo corporal na infância e comportamentos agressivos e violentos na adolescência e vida adulta.

• Muitos pais passaram por uma educação violenta e não sabem agir diferente. Se a agressão não funciona podem agir cada vez com mais violência. Pense!

• Castigos corporais não ensinam à criança como ela deve comportar-se; ela simplesmente aprende a evitar uma surra e fugir do agressor.

• Castigos físicos prejudicam o vínculo afetivo entre pais e filhos: uma criança que erra espera compreensão, apoio e bons modelos para agir corretamente.

Na hora da raiva

Às vezes os pais também ficam com raiva e confusos, mas antes de bater em seu filho:

• Respire profundamente uma vez... e mais algumas. Lembre-se que você é o adulto!

• Pressione seu lábio e conte até 50... pelo menos.

• Retire-se da situação. Vá até seu quarto.

• Reflita por que o fato o deixou com tanta raiva. É realmente seu filho ou outra coisa? Pense: alguma vez a expressão de sua raiva diante de seu filho ajudou a melhorar a situação?

• Retire seu filho da situação por um momento até você acalmar-se. Reflita se o comportamento foi proposital, se a criança realmente conhecia as regras e as conseqüências do seu comportamento.

Alternativas

Educar é estabelecer limites, guiar, mostrar como o mundo funciona e dar o exemplo.

• Proteja seu filho: crianças muito pequenas te o saudável comportamento de explorar o ambiente. Não esqueça de esconder remédios, produtos de limpeza, proteger janelas, tomadas e, em vez de ficar gritando, colocar seus cristais fora do alcance.

• Mostre respeito pelo seu filho e converse sobre seus sentimentos; pais não tem o direito de xingar ou ameaçar os filhos.

• Esteja presente: mesmo que você passe o dia trabalhando, seu filho deve ter a confiança de contar com você.

• Seja consistente. Faça regras lógicas e ajude seus a entende-las: escovar os dentes após as refeições antes de brincar; arrumar o quarto, dizer bom dia e por favor. Estabeleça horários para TV, refeições e lições, para sair e para voltar de casa. Lembre-se que não precisa ser um quartel: existe possibilidade de flexibilidade também, em momentos especiais. Estabeleça conseqüências lógicas: se a criança pintou a parede poderá ajudar a limpa-la.

• Supervisione seu filho: o que ele está estudando, com quem brinca, quem são seus amigos, veja suas notas, estimule-º

• Valorize seu filho: elogie-o todas as vezes que ele fizer algo bom, como brincar com o irmão, pedir desculpas, pedir sua prmissão para algo ou ser carinhoso.

• Ensine seu filho a não violência: se ele for provocado por algum colega ensine-o a chamar um adulto e não a bater em quem o provocou.

• Converse com seu filho sempre e dedique momentos somente para ele.

• Lembre-se: não dê surras nem espanque, pois esse não é o caminho adequado. Você também não gostaria de uma sociedade com menos violência?

• Crianças fazem o que os pais fazem e não o que os pais dizem. Você deve ser o modelo para o seu filho. Se você deseja que ele obedeça certas regras, resolva seus problemas e controle certos sentimentos, você deve ser o maior exemplo pra isso.

• Abrace, beije, faça carinho, repita que você o ama. Nunca é demais!



Reportagem de Érika Busani para Gazeta do Povo do dia 30 de Abril de 2006 – Caderno Viver Bem









Retrato da Violência

Pesquisa mostra que a palmada não educa e que as crianças que apanham tendem a ser mais agressivas



Uma pesquisa nacional conduzida pelo Laboratório de Estudos da criança (Lacri), da Universidade de São Paulo, dimensionou pela primeira vez um velho problema brasileiro: o da violência praticada contra crianças no ambiente doméstico. Segundo o estudo, 60% dos brasileiros afirmam ter sido vítimas de castigos físicos na infância – de punições leves a surras que levaram a seqüelas físicas graves. São dois os argumentos mais usados pelos pais brasileiros para justificar o hábito de bater nos filhos. Primeiro é que a punição física “tem função educativa”. O segundo é que ela é uma forma de castigo “merecida” em situações nas quais a criança ultrapassa os limites estipulados em casa. Outra constatação do estudo é que esse fenômeno não está associado à pobreza, ao contrário do que se costuma afirmar – ele está presente em todas as classes sociais. Casos de surras que ocorrem em famílias pobres aparecem com mais freqüência nas estatísticas das delegacias especializadas por uma razão simples: nos lares de classe média, eles são mais acobertados. “O brasileiro está longe de ser cordial”, diz a coordenadora do Lacri, Maria Amélia Azevedo, há três décadas dedicada à pesquisa sobre violência contra crianças. “Ele é condescendente com a brutalidade física.”

Com base na observação de centenas de casos, Maria Amélia reuniu dados para coordenar a punição física na infância – inclusive a palmada. Ao comparar o comportamento de crianças que sofrem castigos corporais (mesmo leves) com o daquelas que afirmam nunca ter levado uma surra em casa, a professora observou uma clara tendência: as que não apanham são menos agressivas e mais propensas a resolver conflitos por meio do diálogo. Outro ponto levantado por ela é que a palmada é ineficiente como método para ensinar a criança a não repetir o erro pelo qual está sendo punida. Sua experiência mostra que a forma mais eficaz de lidar com situações de extrema indisciplina é aplicar um castigo. “o essencial é que o castigo seja proporcional á falha da criança e ocorra no momento da desobediência, para que não perca seu efeito educativo”, diz a professora.

Os especialistas chegaram a algumas conclusões sobre as razões que colocam o Brasil entre os países onde o nível de violência contra crianças é considerado grave. Um dos fatores que explicam a explosão desse tipo de violência vale para outros países da América Latina: são sociedades predominantemente patriarcais, nas quais mulheres e crianças ainda ocupam papel inferior no núcleo familiar – e por isso estão mais sujeitas a sofrer castigos físicos. Os estudos conduzidos pela professora Maria Amélia Azevedo também jogam luz nas origens históricas da violência infantil. Segundo ela, há evidências de que a sociedade escravocrata teve sua contribuição na popularização dos castigos corporais contra as crianças brasileiras. Isso se explica pelo fato de os filhos dos escravos terem sido vítimas de severas punições físicas. Outra influência para a banalização da violência infantil, de acordo com a pesquisa de Maria Amélia, veio dos jesuítas, que desembarcaram no Brasil com a missão de educar as crianças indígenas e defendiam o lema “A letra entra com sangue”. Conclui a professora: “Como se vê, a cultura de bater em crianças está arraigada na sociedade brasileira”.



Matéria da Veja de 15 de Março de 2006, escrita por Mônica Weinberg.



GRITO DE SOCORRO

Mais de 80 crianças precisaram de atendimento médico este ano, em Curitiba, após serem vítimas de violência física ou sexual. As denúncias de crimes deste tipo, na capital, passam de 200. denunciar, mesmo que anonimamente, é considerada a melhor maneira de mudar o quadro abaixo.





Na Polícia

Este ano, o número das principais denúncias de violência contra crianças e adolescentes em Curitiba mais que dobrou em relação ao primeiro trimestre do ano passado.



No Hospital

Em 2005, 244 crianças e adolescentes até 12 anos vítimas de violência foram atendidos no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Alguns deles sofreram mais de um tipo de agressão. No total, foram 286 casos registrados no ano passado. Neste ano, 85 casos foram notificados.



Dicionário

Abuso Sexual: palavras, atitudes ou ações que têm como intenção gratificação sexual, seja pela manipulação, toques, carícias, participação em fogos sexuais d adultos, exibicionismo, pornografia, prática de sexo oral, anal até estupro propriamente dito.

Maus-tratos: ameaças e exposição a perigo da integridade física ou psicológica da criança por uma pessoa que deveria protege-la ou educa-la.

Atentado violento ao pudor e estupro: o estupro se refere exclusivamente à relaç]ao sexual convencional entre homem e mulher. O atentado violento ao pudor pressupõer outras formas de ato libidinoso, como sexo anal, oral, etc.



Detector

Muitas vezes as crianças são ameaçadas para não contar o que está acontecendo, ou têm vergonha do que está se passando. Preste atenção:



Vítimas de abusos sexuais:

• Mudança de comportamento: agressividade e apatia;

• Sinais de ansiedade: insônia, pesadelos, sonolência diurna;

• Distúrbios de apetite, tiques, gagueira ou manias;

• Isolamento, dificuldade de concentração e aprendizagem;

• Tristeza excessiva, depressão;

• Medo de adultos;

• Atitudes e comportamento sexual adiantado para a idade;

• Dor, inchaço, ou sangramento na área genital.



Vítimas de maus-tratos:

• Atraso no desenvolvimento físico ou psicológico;

• Baixo rendimento escolar;

• Agressividade, apatia, dificuldades de relacionamento, tristeza constante;

• Desânimo

• Descuido na higiene e aparência;

• Lesões físicas que não se justificam pelos acidentes relatados ou pela idade;

• Traumas freqüentes, ditos como acidentais;

• Sinais de carência afetiva;

• Pouco vínculo familiar.



Órgãos de apoio à criança e ao adolescente



Nucria - 041-3244-3577 ou 0800-99-0500

Sicride – 041-3224-6822

Polícia Civil – 197

Polícia Militar – 190

SOS Criança – 156

Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Criança e do Adolescente – 041-3250-4711

Conselho Tutelar – 041-3233-0055



Matéria da Gazeta do Povo de 05 de abril de 2006



Como Educar nos dias de hoje?




Educar é um assunto corrente em consultório de psicologia. A necessidade de colocar limites é sempre muito questionada, tanto pelos filhos como entre os novos e dedicados pais. Muitas pessoas viveram em sua própria educação a experiência de duros limites, constituídos em regras e proibições. Autoridade era misturada com Autoritarismo, a sabedoria da maturidade era confundida com verdade absoluta. Exigia-se da criança, do adolescente e mesmo dos adultos, total submissão e resignação; ser uma criança boazinha era sinônimo de atender as regras, jamais ser espontânea e nunca criar ou questionar algo; a liberdade em expressar suas idéias e pontos de vista confundia-se com enfrentamento e desrespeito aos "mais velhos".



É claro que esse modelo de educação trouxe muitos problemas e resultou em muitos adultos inseguros e até mesmo revoltados. Neste quadro surge uma postura defendida pelos psicólogos e estudantes do comportamento humano que talvez não tenha sido suficientemente entendida. A proposta era possibilitar a livre expressão dos potenciais e da espontaneidade infantil, como até hoje defendemos. Respeitar a criança em seus desejos e necessidades esperadas para a idade, por exemplo, a curiosidade perante o novo, a inesgotável energia de vida, sua necessidade de brindar para entender o mundo e etc...

Mas para alguns pais essa proposta foi confundida com a total permissividade, a educação do "tudo pode", perdendo o entendimento da

palavra não, do limite e do respeito.



Nascemos totalmente espontâneos e criativos e com o decorrer do desenvolvimento através da educação aprendemos como usar nossos potenciais adequadamente, ou seja, respeitando as regras para viver socialmente. É também neste processo que aprendemos a acreditar ou não nesses potenciais. Nossas atitudes e comportamentos são o tempo todo avaliados e confirmados ou não, pelas pessoas com quem nos relacionamos e principalmente pelos nossos pais. É desta aprovação que surge a sensação de segurança interna que todos possuímos em maior ou menor quantidade, e também nossa auto-estima. É claro que para os pais não é uma tarefa fácil, pois implica em ter uma noção clara do que é ser adequado, o que depende de sua maturidade emocional.



Há 40 anos atrás questionar uma ordem paterna, por mais absurda que ela fosse era praticamente um crime, castigável sem sombra de dúvida, com diversas formas de agressão tanto físicas como emocionais. Hoje em dia o questionamento já começa a ser entendido como algo positivo, pois ao trazer questionamentos novos a questões antigas aumentam-se as possibilidades de criar e descobrem-se novas formas de existir. O conhecimento deixa de ser percebido como uma "conserva cultural" e passa a ser percebido como algo dinâmico e em constante transformação e renovação.



Mas como oferecer liberdade sem tornar a sociedade um caos?



Introduzindo as noções de responsabilidade e respeito. Quando falamos em liberdade, falamos em respeito ao outro e em respeito a si mesmo, caso contrário estamos falando em invasão, e em desrespeito. Para convivermos em sociedade precisamos de algo que nos auxilie a lidar com as diferenças entre as pessoas, suas particularidades na sua forma de existir e de entender o mundo, pois apesar de sermos todos humanos, e similares em nossas necessidades, a forma de expressar nossos desejos difere de um para o outro, pois se relaciona ao grau de maturidade de cada um.



É como se todos nós usássemos óculos relacionais, onde as lentes são

forjadas durante a aprendizagem emocional, por crenças, valores e pontos de vista. Isto se explica por termos potenciais inatos que são influenciados pelo meio social em qual nos desenvolvemos. Esta delicada alquimia é responsável pelos diferentes tipos de pessoas em que nos tornamos. Portanto para vivermos socialmente necessitamos de alguns parâmetros, que se traduzem nas noções de ética, cidadania, gratidão e senso moral. Desta forma, quando pensamos em educar, precisamos checar dentro de nós como nos posicionamos em relação a isto e como esses parâmetros estão sendo exercitados nas relações que desenvolvemos.



A educação se constitui basicamente em aquilo que dizemos, confrontados pelo que fazemos. Ou seja, se pregamos o respeito mútuo e a honestidade, mas no dia-a-dia, valorizamos o "esperto", aquele que sempre se dá bem, estamos sendo incoerentes e certamente essa incoerência fará parte de nosso rol de ensinamentos, seja de forma consciente ou inconsciente.



O catalisador necessário ao processo de educação é o amor. Este gera a segurança interna, a confiança e a respeitabilidade, ingredientes

indispensáveis para que a relação de intimidade necessária num processo de educação possa se estabelecer. Educar implica em intimidade, e você só ensina algo se é autorizado pelo outro, com esta autorização que se dá pela confiança que nasce nas relações onde o amor e a amizade são as palavras de ordem.



Muitos pais se referem frequentemente às dificuldades em colocar limites, confusos entre cercear demais ou de menos. Esta dificuldade nasce de uma forma de entender o amor muitas vezes equivocada, onde se confunde limite com abandono e desamor, e consequentemente amar torna-se sinônimo de total permissividade, com a antítese do "nada pode" passando a ser o "pode-se tudo".



Colocar limites é ensinar que existe a frustração, que apesar de desagradável, faz parte do mudo real, ao vivo e a cores. O limite nos ajuda a perceber quem somos, o respeito nos ensina que temos limites e aumenta nossa consciência pessoal, e a responsabilidade nos ensina que tudo tem seu preço, pois estamos sempre em relações de troca, colhendo aquilo que semeamos. Oferecendo amor certamente colheremos alegria e felicidade. Para exercer o papel de educador, precisamos reavaliar o entendimento do "não", para esta importante palavra não se transformar numa forma de tirania e sim uma forma de proteção, exercício do amor e respeito a quem amamos.

Sirley R. S. Bittú é psicóloga, psicoterapeuta e psicodramatista especializada no atendimento individual e

grupal.



Violência físicos, sexual e psicológicos




Agressões durante a infância refletem negativamente no desenvolvimento pessoal e social



Os maus tratos físicos e psicológicos sofridos por crianças e adolescentes nos lares brasileiros caracterizam-se, em sua maioria, por agressões e palavras traumáticas e acarretam em grandes prejuízos para o desenvolvimento pessoal e social. A violência contra a criança acontece geralmente dentro de casa, enquanto os agressores quase sempre são os próprios pais. “O dano físico é o que mais aparece, mas o psicológico seguramente é mais intenso, porque pode acompanhar outros tipos de maus tratos e ainda vir de forma isolada”, diz a pediátrica Luci Pfeiffer, que preside o Departamento de Segurança da Criança e Adolescente da Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP).

Agressores – Os agressores de crianças podem ser processados tanto cível quanto criminalmente, dependendo da gravidade do caso. Mas nem sempre é fácil responsabilizá-los, já que tem que se partir de denúncias para isso. Se a denúncia existe, o passo seguinte é o encaminhamento ao conselho tutelar. Dependendo da lesão, uma perícia é requisitada ao Instituto Médico Legal e o resultado encaminhado a uma delegacia. Com o inquérito, o Ministério Público age, levando o caso às varas da infância e juventude. Criminalmente, os agressores podem ser punidos, de acordo com o artigo 233 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê penas de 5 a 30 anos de prisão, dependendo da gravidade da agressão.

Programa – Curitiba conta com um programa de referência nacional na identificação e cuidado de diversos tipos de danos contra crianças e adolescentes. A Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência é resultado da parceria entre diversos órgãos e entidades municipais e estaduais, contando com representantes em todas as Secretarias Municipais e as coordenações nas regionais de saúde espalhadas pelo Estado. Mais de seis mil profissionais já foram capacitados dentro do programa para reconhecer sinais de alerta que indiquem todos os tipos de maus tratos. Só no amo passado, foram registradas pela Rede 2.219 notificações de maus tratos de ordem física, psicológica, sexual, por negligência e abandono.



Fonte: ( O Estado do Praná, p.21, Lígia Martoni – 07/08/05)





Criança dá sinais quando é vítima de abuso

Os adultos devem ficar atentos às mudanças bruscas de comportamento



Apatia, medo de ficar perto de determinado adulto, falta de apetite, e queda no rendimento escolar são alterações no comportamento que podem indicar que uma criança é vítima de abuso sexual. Quando a criança apresenta esse comportamento, algo está errado e a situação deve ser investigada. As maiores vítimas são as meninas na faixa etária de 7 a 14 anos. Nos últimos meses, porém, até bebês têm sido vítimas de abusos. Os maiores agressores são pessoas conhecidas e que detém a confiança por parte da família – seguidos de padrastos e pais das vítimas. De acordo com Télcia Lamônica de Azevedo Oliveira, coordenadora do Programa Sentinela, a criança sempre dá sinais de que não está bem. “Ela não muda de comportamento à toa. Sempre tem alguma explicação”, diz Télcia.

Atendimento – Os pais que desconfiarem que o filho ou a filha está sofrendo este tipo de agressão deve levá-lo para o atendimento em uma unidade básica de saúde – ou no caso de crianças até 12 anos – diretamente ao Pronto Atendimento Infantil (PAI), onde há uma equipe preparada para atender casos de abuso. Se necessário, a equipe faz encaminhamento ao Conselho Tutelar. Meninas acima de 12 anos precisam ser medicadas – com pílula do dia seguinte, por exemplo -, para evitar a gravidez indesejada.



Fonte: (Folha de Londrina – PR, p.2, Silvana Leão – 13/09/05)








Surras diminuem o Q.I. de crianças, afirma estudo 25/09/2009 - 11h05

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“Os pediatra e psicólogos precisam começar a fazer o que nehum dles fa agora, e dizer, ‘naobatam, sob qualquer circunstâncias.” Murray Strauss, sociólogo da Universidade de New Hampshire, ao comentar um estudo que mostra que surras diminuem o QI das crianças.

25/09/2009 - 11h05

Surras diminuem o Q.I. de crianças, afirma estudo

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da New Scientist

Uma boa surra pode deixar uma marca na criança que é pior do que o desenho vermelho das mãos. Palmadas e outras punições corporais atrasam a inteligência infantil, segundo demonstra um novo estudo.

O Q.I. (quociente de inteligência) de crianças entre 2 e 4 anos que receberam palmadas regulares de seus pais caiu mais de cinco pontos no decorrer de quatro anos, comparado com o de crianças que não levaram palmadas.

SXC




Quoeficiente de Inteligência apresenta queda de 5.5 pontos com palmadas, mas estímulo intelectual é mais importante, diz estudo

"O lado prático disso é que os pediatras e psicólogos precisam começar a fazer o que nenhum deles faz agora, e dizer, 'não batam, sob qualquer circunstância'", diz Murray Straus, sociólogo da Universidade de New Hampshire, em Durham, que capitaneou o estudo juntamente a Mallie Paschall, do Centro de Pesquisa e Prevenção em Berkeley, na Califórnia.

Sem desculpas

Essas não são as primeiras evidências de que bater em crianças traz um custo: muitos estudos prévios já sugeriam a associação, e um estudo recente a partir de tomografias do cérebro descobriu que crianças severamente castigadas com surra tiveram baixo desempenho cerebral na faixa "verde" --que inclui neurônios-- comparadas com outras crianças. Estresse, ansiedade e medo talvez expliquem por que surras tornam lento o desenvolvimento cognitivo.

No entanto, os novos pesquisadores fazem uma ligação mais forte no relacionamento de causa e efeito entre surras e inteligência do que outros estudos, afirma Elizabeth Gershoff, pesquisadora de desenvolvimento infantil da Universidade do Texas, que não está envolvida no novo trabalho. Isso porque ele examina crianças no decorrer de quatro anos, além de calcular muitas variáveis passíveis de confusão, como a etnia dos pais, educação e se eles faziam leituras para as crianças ou não.

Straus e Paschall analisaram dados coletados nos anos 1980 como parte de uma pesquisa nacional de saúde infantil. Em 1986, um estudo anterior mensurou o Q.I. de 1.510 crianças com idade entre 2 e 9 anos, e também observou a frequência suas mães as submetiam a punições corporais. Os pesquisadores repetiram os testes quatro anos depois.

Os pesquisadores separaram as crianças em dois grupos de idade --2 a 4 anos e 5 a 9-- porque alguns psicólogos infantis afirmam que surras ocasionais são aceitáveis em crianças mais novas, mas não em crianças mais velhas.

Abaixo às palmadas

As projeções revelaram que 93% das mães que bateram em crianças de 2 a 4 anos ao menos uma vez por semana, e que 58% recorreram à disciplina física com crianças mais velhas. Quase metade das mães das crianças mais novas bateram em seus filhos três ou mais vezes por semana, apontaram Straus e Paschall.

Quatro anos depois, as crianças mais novas que jamais apanharam de suas mães tiveram um ganho de 5.5 pontos de Q.I., se comparadas com crianças que sofreram punições corporais, enquanto os mais velhos que não apanharam ganharam 2 pontos de Q.I. em relação aos que apanharam.

Estes resultados põem em dúvida a prática de surra apenas nas crianças mais novas, diz Straus. "Uma das ironias mais cruéis é que as crianças novas são mais propensas a risco porque seus cérebros têm partes de desenvolvimento ainda em formação".

Apesar da conclusão dos cientistas, a palmada não é uma garantia de mediocridade intelectual.

Nas crianças mais novas, o atributo que fez mais diferença para a pontuação do Q.I. era se as mães estimulavam ou não a capacidade cognitiva. Isto era mais importante do que qualquer outra coisa, incluindo o castigo corporal.

"Digamos que você tem uma criança que tem pais educados, que apoiam e dão estimulação cognitiva, mas que batem: estas crianças vão ficar bem de qualquer modo, talvez não tão bem se não apanhassem", afirma Strauss.

Entretanto, ele tem pouca paciência com o argumento de que a surra complementa aquilo que a disciplina não cobre. "A pesquisa simplesmente não mostra isso", diz ele. "Bater não funciona melhor com crianças pequenas".

"Eu bati nos meus filhos quando eles eram pequenos: desejo que não isso não aconteça, agora que sei a respeito".



Sem Padecer no Paraíso - Em Defesa dos Pais ou Sobre a Tirania dos Filhos

Tania coloca de forma objetiva, porém afetiva, a questão sobre os limites da educação. Revendo as mudanças ocorridas no modo de criação dos filhos durante as últimas décadas, a autora leva os responsáveis a reverem certas posturas, ao mesmo tempo em que reflete sobre as conseqüências da falta de limite: jovens sem noção sobre "certo" e "errado", onde tudo o que importa são seus próprios interesses. O livro também deixa bem claro as diferenças de conceitos como "autoridade" e "autoritarismo" e de como é importante que pais e educadores estejam cientes da distinção.

domingo, 1 de agosto de 2010